quarta-feira, 27 de julho de 2011

Capitão América: O Primeiro Vingador - Crítica


Capitão América: O Primeiro Vingador
Sem propaganda patriótica, Steve Rogers chega às telonas numa aventura descompromissada e bem equilibrada

Por: Claudinei Costa

Em tempos de escassez de ideias nos estúdios de Hollywood, as adaptações (sejam elas de livros, gibis e afins) continuam a aparecer e essa mania não vai parar tão cedo. A bola da vez está com o herói americanizado, o Capitão América. Criado em 1941, poucos meses antes da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, as aventuras do soldado Steve Rogers ganhou a primeira capa com o herói socando a cara de nada mais nada menos do que Adolf Hitler. Com uma entrada problemática no universo dos gibis o Capitão chegaria para apaziguar a agonia, o autoritarismo militar e combater a tirania, pouco antes do ataque japonês à Pearl Harbor e a capa, declarou que o país não ficaria de fora da guerra. Claro que em tempos de guerra, um gibi de um herói com uma bandeira americana no peito aplicando um sopapo no Fürer, só poderia ganhar destaque e o sucesso não demoraria muito a chegar.

As revistas do Capitão América já venderam mais 210 milhões de exemplares por todo o globo e, para comemorar seu aniversário de 70 anos nada mais justo do que uma superprodução para o cinema. Com uma ambientação interessante e locações escolhidas a dedo, o diretor Joe Johnston (que dirigiu também O Lobisomem, Mar de Fogo, Jurassic Park III, Jumanji, Céu de Outubro, Rocketeer e Querida Encolhi as Crianças) trouxe um herói mais real, humano e que luta totalmente com o coração. O Capitão América é um personagem correto, honesto e nobre e, já nos primeiros minutos da película, a platéia se identifica facilmente com o franzino e diminuto Steve Rogers antes da transformação.

Ação, Comédia e Romance
Na história, Rogers (interpretado por Chris Evans) com sua lista infinita de enfermidades, é recusado em todas as tentativas de se ingressar nas forças armadas para lutar e defender seu país, um ato patriótico e nobre, mas sem sucesso para o personagem. Os efeitos de maquiagem aliados à computação gráfica mostram o ator Chris Evans magro, totalmente raquítico e com 40 quilos. O efeito é assustador de tão real e confesso que nunca vi nada tão real na indústria dos filmes quando o assunto é um mix de maquiagem (um dublê de corpo) com CGI (computação gráfica utilizada para afinar o rosto do ator). Por sua nobreza e bondade diante de tais decepções, Rogers ganha a chance de se alistar num programa de testes para se tornar um supersoldado. A experiência é liderada por um cientista alemão que conseguiu fugir das garras do nazismo para se aliar à América e lutar contra a opressão de Hitler e das forças do Eixo.

Steve Rogers se submete a seções de aplicação de um soro experimental em seu corpo e é bombardeado por raios-vita. Eis que nasce o Capitão América para combater as forças da HIDRA, liderada por Johann Schmidt (o famoso Caveira Vermelha), oficial alemão que tem em suas mãos uma força oculta e sobrenatural que pode mudar o rumo da Segunda Grande Guerra. O artefato encontrado e utilizado pelo vilão faz menção ao universo de Thor, garantindo assim a ligação da película com os outros filmes da Marvel que eclodirão no próximo investimento dos estúdios, Os Vingadores (filme que unirá os heróis Homem de Ferro, Thor, Hulk e o Gavião Arqueiro).

O desenrolar do filme Capitão América: O Primeiro Vingador é dosado e sem muita enrolação. O público encontra um pouco de comédia, ação e uma pitada de romance para não deixar a peteca cair. O mais interessante do filme é a simplicidade em que as cenas são rodadas, sem muitos exageros, mostrando que o Capitão América e seus amigos não são aqueles personagens complicados e que se perdem durante a aventura. Todos são muito bem desenvolvidos, inclusive os aliados e o par romântico de Steve Rogers, Peggy Carter, aumentando o interesse do público pela história.

As atuações são memoráveis e, Chris Evans, precisou melhorar e muito para não se perder entre dois astros pesos pesados de Hollywood, Tommy Lee Jones (Onde os Fracos Não Tem Vez) e Hugo Weaving (O Lobisomem e franquia Transformers na voz do líder Decepticon Megatron). Felizmente Chris não decepcionou e mostrou certa flexibilidade para dar vida ao Capitão América.

Como o filme se passa na década de 40, toda a ambientação, roupas e situações convencem e levam o espectador a uma viagem no tempo. Ponto para a equipe do diretor e, se você é um fã de carteirinha e se atentar melhor a detalhes da película, encontrará diversas referências nas cenas e vibrará com o desfile dos uniformes do Capitão América, que são fiéis aos quadrinhos (Stan Lee também dá sua contribuição ao filme, como de costume). Destaque também para o pai de Tony Stark (o Homem de Ferro), Howard Stark, que também é um dos principais aliados da equipe e fornece armas avançadas para os integrantes do grupo que lutam contra a HIDRA.

Capitão América: O Primeiro Vingador não é uma adaptação perfeita, mas figura entre os melhores títulos da Marvel no cinema. O filme possui alguns pequenos erros, mas nada que estrague a diversão e toda a imersão no universo do famoso herói. Mesmo os que não conhecem o personagem, não terão problemas para entender a trama. Talvez a simplicidade de como a história é contada, todo o envolvimento dos personagens e um roteiro conciso fazem do blockbuster uma excelente indicação para uma diversão descompromissada indicada para toda a família.

O herói americano será mais um sucesso da Marvel nos cinemas sem sombra de dúvidas! O filme estréia em circuito nacional no dia 29 de julho. Não deixe o cinema antes dos créditos terminarem, um teaser trailer do filme Os Vingadores será mostrado (infelizmente na cabine de imprensa foi cortado para a decepção dos presentes). Confira o trailer legendado e diversas imagens do filme.












2 comentários:

  1. Vai ser um grande filme!

    ResponderExcluir
  2. e caiu essa mizenga(parte do texto iguaalzinho) no enunciado no enem ¬¬

    ResponderExcluir